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Ter um animal de estimação é tudo de bom



 

Eles são ótimos companheiros, excelentes ouvintes e têm sensibilidade apuradíssima

 

 

Quem convive com animais de estimação garante: essa relação proporciona enorme bem-estar. Eles são ótimos companheiros, excelentes ouvintes e têm sensibilidade apuradíssima. Por isso, só faz bem tê-los em casa.

A companhia é a contribuição mais importante e valiosa dos animais  domésticos. Eles sempre esperam o dono chegar e isso ameniza a solidão  daqueles que moram sós e também de casais e famílias que, por diferenças   de horários de estudo e trabalho, pouco se encontram."Mesmo as espécies  que têm pouco contato com o ser humano, como o peixe, só pelo aspecto  visual - lembrando que existe outro ser vivo presente - transmitem paz e  conforto emocional", diz o professor de veterinária homeopática Célio  Hiroyuki Morooka.

Para as crianças, o contato com o animal possibilita o desenvolvimento da disciplina e o sentimento de fidelidade.  "Quando os pais não estão em casa, um animal doméstico estimula as  crianças a desenvolver responsabilidade porque ele precisa de cuidados",  diz Célio H. Morooka.

 O veterinário paulista Marcos Malta Migliano não exagera ao afirmar que  passar a infância cercada por animais ajuda a criança a compreender o  ciclo da vida. "Como o animal vive menos que o homem, a criança  acompanha todo o processo de crescimento dele, sofre quando ele adoece, desenvolve o sentimento de fidelidade e aprende a enfrentar a morte. É uma forma de amadurecer", explica.

Os animais são puro sentimento e, diferentemente do  ser humano, não dissimulam nem fazem distinção. "Talvez por isso exista  uma comunicação tão sincera entre as duas partes", analisa Marcos. Para  as pessoas tímidas ou com tendência ao isolamento, cuidar de um animal é  um meio, ainda que indireto, de estimular os relacionamentos sociais.  "Afinal, para tratar dos bichinhos essas pessoas têm de ir ao  veterinário, aos pet shops, onde encontram outras pessoas com interesses  comuns e com as quais trocam informações", observa Marcos.

Mas, independentemente de idade ou personalidade, a troca de afeto puro  e simples com o animal já é o bastante para a vida ficar mais leve. As  pessoas ficam menos egoístas e agressivas. Como uma terapia ocupacional,  o tempo gasto brincando ou cuidando do animal é propício para  descarregar as preocupações, aliviar o stress. "A vantagem é que, quando  a pessoa está equilibrada mental e emocionalmente, está livre de   doenças", afirma Célio.